Caso Campeche
O Caso Campeche teve lugar no México em 2004, quando a câmera infravermelha de um avião da Força Aérea Mexicana supostamente filmou onze óvnis no espaço aéreo do país.
O caso
Em 5 de março de 2004, um avião Merlin C-26/A do 501o Esquadrão da Força Aérea Mexicana efetuava uma patrulha de combate às drogas no estado mexicano de Campeche. Pouco antes de 17h, o tenente Germán Marín Ramírez, o operador de radar do avião, reparou em onze ecos de radar não identificados. Ele advertiu então o Major Castañón Magdaleno Muñoz, piloto da aeronave, que decidiu investigar os ecos, pensando serem de aviões de narcotraficantes. No entanto, a tripulação nada conseguia enxergar a olho nu. A câmera de infravermelho foi nesse momento ativada, registrando onze globos que aparentavam voar sobre o mar do país.
Explicação do caso
Os registros foram conservados e, numa atitude inédita, a Secretaria de Defesa Nacional (SEDENA), do México, pediu a ajuda da comunidade ufológica para tentar explicar o que fora captado nas imagens. Uma cópia do vídeo feito foi entregue para o jornalista e ovniólogo Jaime Maussan, que analisou as imagens e não chegou a nenhuma conclusão plausível para os orbes. A SEDENA resolveu então autorizar a veiculação do vídeo pela televisão, o que foi feito em 11 de maio de 2004. Logo ficou provado, graças ao capitão e piloto mexicano Alejandro Franz Navarrete, que assistiu às imagens veiculadas, que os aparentes globos registrados pelo infravermelho nada mais eram que os imensos queimadores do complexo petrolífero de Cantarrel, localizado perto da Baía de Campeche. A câmera captou o forte calor proveniente das plataformas de perfuração, difíceis de enxergar a olho nu na altitude em que os pilotos se encontravam. O movimento aparente dos ufos era devido a uma ilusão de óptica criada pelo fato da aeronave estar em movimento, bem como as nuvens.
Alejandro Franz Navarrete fez um voo de reconstituição a fim de verificar a hipótese dos poços de petróleo, seguindo a trajetória de voo do avião militar e filmando na mesma direção. Os resultados provaram definitivamente que a hipótese dos poços de petróleo era a correta. O voo de reconstituição foi documentado pela National Geographic.
Caso da Ilha da Trindade
"Fotografia forjada de Almiro Baraúna mostrando um suposto "disco voador" nos céus da Ilha da Trindade (ES, Brasil), datada de 16 de janeiro de 1958.
O CASO
Em 16 de janeiro de 1958, o fotógrafo baiano, radicado em Niterói, Almiro Baraúna (30 de abril de 1916 - Niterói, 29 de julho de 2000), então com 42 anos de idade, convidado pela Marinha do Brasil para participar de pesquisas oceanográficas na Ilha da Trindade, no litoral capixaba, teria feito, a bordo do navio-escola Almirante Saldanha, quatro fotografias de uma nave discóide sobre a ilha. O filme foi revelado ainda a bordo do navio – mais precisamente na enfermaria, improvisada como laboratório –, mas devido ao pequeno tamanho do negativo, a suposta nave não pôde ser visualizada por nenhum dos presentes. Dias após o desembarque no continente, Baraúna, que era perito em fotomontagens (inclusive de discos voadores), apresentou à imprensa as fotografias em positivo, ampliadas, alegando serem do tal objeto. Só duas pessoas, o capitão da Força Aérea Brasileira José Teobaldo Viegas e Amilar Vieira Filho, amigos de Baraúna, alegaram ter visto o disco, além do próprio fotógrafo. Em 1967, Baraúna escreveu como o avistamento se teria dado:
"Em 16 de janeiro de 1958, o navio-escola de guerra da marinha “Almirante Saldanha” estava atracado em uma enseada na Ilha Trindade, a umas 800 milhas da costa do Espírito Santo. Eram por volta das 11h, céu claro, a tripulação se preparava para retornar ao Rio de Janeiro quando de repente um grupo de pessoas na popa do navio, dentre elas o capitão-aviador aposentado da Força Aérea Brasileira José Viegas, alertou a todos. Instantaneamente, todos que estavam no convés, umas cinquenta pessoas, começaram a ver um estranho objeto prateado e com forma de pires que se moveu do mar na direção da ilha. O objeto não emitiu nenhum ruído, era luminoso e às vezes se movia rapidamente, depois devagar, para cima e suavemente para baixo e quando acelerava deixava um rastro branco fosforescente que desaparecia rapidamente. Em sua trajetória, o objeto desaparaceu detrás da montanha Pico Desejado e todos esperavam que fosse aparecer do outro lado da montanha, ele reapareceu na mesma direção, parou por alguns segundos e então desapareceu novamente a uma grande velocidade pelo horizonte. Em um primeiro momento quando o objeto retornou, fui capaz de tirar seis fotos, das quais duas se perderam devido ao pandemônio no convés, e as outras quatro fotos mostram o objeto no horizonte, em uma sequência razoável, aproximando-se da ilha do lado da montanha, e finalmente desaparecendo, indo embora. Eu tirei o filme de minha câmera 20 minutos depois seguindo o pedido do comandante, que queria saber se as fotos eram de boa qualidade. Quase toda a tripulação do navio viu o filme e eram unânimes em seus reportes ao Serviço Secreto da Marinha Brasileira. Estes eram os tripulantes do navio:
Chefe Amilar Vieira Filho, banqueiro, mergulhador e atleta; Vice-chefe: Capitão-Aviador aposentado da Força Aérea Brasileira José Viegas; Mergulhadores: Aluizio e Mauro; Fotógrafo: Almiro Baraúna
O grupo acima também era membro do grupo de caça submarina do Icaraí. Entre os cinco membros, apenas Mauro e Aluizio não viram o objeto porque estavam na cozinha do navio e quando correram para vê-lo, este já havia desaparecido. De acordo aos rumores que escutei no convés, o equipamento elétrico do navio parou durante a aparição do objeto; o que posso confirmar é que depois do navio deixar a ilha, o equipamento elétrico parou três vezes e os oficiais não tinham nenhuma firme explicação para o que estava acontecendo. Toda vez que o navio parava, as luzes esvaneciam lentamente até o ponto em que se apagavam completamente. Quando isso acontecia, os oficiais caminhavam ao convés com seus binóculos, no entanto, o céu já estava cheio de nuvens e não podiam ver nada. Preciso dizer que se o repórter do jornal "Correio da Manhã" não fosse esperto o suficiente para tirar cópias das fotos oferecidas ao então presidente Juscelino Kubitschek, talvez ninguém soubesse sobre esses fatos já que a Marinha havia me “marcado”, perguntando quanto eu queria para não dar nenhuma publicidade às fotos. Eu gostaria de deixar claro que todos os oficiais com quem tive contato durante todo o tempo do inquérito foram muito amáveis comigo, me senti completamente confortável e não impuseram nenhuma objeção à revelação do caso. Apenas mencionaram que a natureza sensacionalista do caso poderia causar pânico na população e essa era a razão pela qual as Forças Armadas Brasileiras queriam evitar publicidade a casos dessa natureza.
30/01/1967
"Almiro Baraúna"